Reagan salvou dois gatinhos de serem atropelados em uma estrada nos Estados Unidos. Se um cachorro consegue se sensibilizar com o seu "próximo", por que isso, muitas vezes, não ocorre com os humanos?
Por Jaqueline Corrêa / Fotos: Reprodução do R7
Jaqueline.correa@arcauniversal.com
Olá!
O meu nome é Reagan, e este da foto aí em cima sou eu. Gostaria de compartilhar com vocês algo muito legal que aconteceu comigo há algumas semanas.
Eu estava passando próximo a uma estrada quando vi um saco plástico abandonado
se mexendo. Cheguei bem perto e ouvi uns gemidos bem característicos. O
saco estava todo sujo de sangue, mas, mesmo assim, não hesitei em
ajudar.
Peguei o saco cuidadosamente pela boca e
o carreguei com certa dificuldade até a minha casa. Para que eu pudesse
ser ouvido e compreendido, não parei de ganir até que a minha dona
viesse ver o que estava acontecendo. Ainda bem que ela me ouviu logo!
Percebi que a minha dona se assustou com
aquela cena. Ela abriu a sacola e viu dois gatinhos miando bem
fracamente. Estavam com medo e bastante debilitados também, porque havia
no saco com eles outros três irmãozinhos, que foram esmagados por
carros que passavam pela estrada. Mas, graças a Deus, consegui salvar Tipper e Skipper (foto abaixo) antes que fossem novamente atropelados. Talvez, se eu não chegasse a tempo, acredito que eles também não conseguiriam escapar.
Não, não pense que eu os conhecia. Não
sou de ficar de papo com gatos, mas vi que eles precisavam de ajuda, por
isso os socorri. Então, como sei os nomes deles? Você deve estar se
perguntando. É que os humanos que socorreram os gatinhos depois de mim
deram esses nomes a eles. Até que gostei das escolhas.
Acho que você não está entendendo nada e
deve estar se questionando por que salvei aqueles gatinhos. Eu poderia
tê-los deixado ali, afinal, eu não gosto de gatos! Mas, por que não
ajudar quem precisa da nossa ajuda?
Há
coisas que acontecem quando menos imaginamos, e há quem pode ser
socorrido quando menos imagina também. Foi o que aconteceu comigo, Tipper e Skipper.
Eu estava andando e de repente os vi em apuros. Imediatamente os
agarrei, no instinto mesmo, e me senti muito bem por isso. Ajudar a quem
precisa, ajuda a nós mesmos, porque se damos, recebemos da mesma forma.
Fiquei muito famoso no meu país, os
Estados Unidos, principalmente porque os seres humanos ficaram
estupefatos diante da minha atitude – que eles chamam de heroica. Agora
eles me consideram um “cão herói”.
Tudo bem, eu sei que não é muito comum
um cachorro e um gato se darem bem, muito menos um aceitar o outro, mas o
que não compreendo, é por que as pessoas não se tratam da mesma
maneira. Não são seres humanos, que pensam, amam e se entendem? Então,
por que não se ajudam quando precisam também?
Já vi muitos casos na tevê de homens e
mulheres se matando e brigando entre si por discórdias muitas vezes
bobas. Isso eu até entendo, porque às vezes eu também me desentendo com
alguns colegas de espécie, mas nós também sabemos nos ajudar e ajudar
outros quando entendemos que precisam. E olha que dizem que somos
irracionais!
Se é assim, não compreendo o motivo dos
racionais se odiarem, se vingarem e desejarem o mal um ao outro. Não são
os humanos seres racionais?
De qualquer forma, vou deixá-los se
entendendo pra lá e curtir a minha fama pra cá, ao lado do Tipper e do
Skipper. Porque agora eles estão bem e só estão aguardando um novo lar
para morar.
Eu só espero que a minha atitude possa,
de alguma maneira, fazer as pessoas refletirem sobre ajudar o próximo
quando este precisar.
E você, de alguma forma, já ajudou alguém quando este precisou, ou vive como cão e gato?
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