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sábado, 21 de janeiro de 2012

Acabou a licença-maternidade. E agora?


Babá, creche ou avó. Qual é a melhor opção para o cuidado da criança quando a mãe tem que voltar ao trabalho?

Por Leandro Duarte

Dilema de dez entre dez mães, a dúvida sobre com quem deixar os filhos quando termina a licença-maternidade é um grande problema que não pode ser resolvido na última hora. As opções clássicas são três: creche, babá ou a avó. O mais importante é avaliar os prós e contras de cada situação.
Os casais com situação financeira mais estável tendem a escolher deixar seus filhos com babás, já que essas profissionais estão preparadas para se adequar à linha educacional traçada pelos pais. O lado negativo é que, como qualquer trabalhador, elas podem se atrasar algumas vezes ou até mesmo faltar. Isso sem falar das babás que repreendem fisicamente as crianças. Se for esta a escolha do casal, é imprescindível buscar referências na hora da contratação e, de vez em quando, surpreendê-las chegando mais cedo em casa.
Deixar as crianças com a avó é, na teoria, a melhor escolha, já que os pequenos ficarão sob os cuidados de alguém que lhes dará amor e proteção. Apesar da experiência, as avós tendem a querer tomar as rédeas da educação dos netos. No final das contas, eventuais discussões sobre a maneira de educar a criança provocam desentendimentos de noras ou genros com suas sogras, que muitas vezes acabam brigando com os próprios filhos.
Para quem não tem condições de contratar uma babá e quer ter autonomia na educação, a opção pela creche é mais viável, pois conta com profissionais capacitados para lidar com crianças pequenas. A neuropsicóloga Maria Patrícia Adinolfi, especializada no tratamento de menores de idade, diz que, das três opções clássicas, a creche é a melhor.
“Na creche, as crianças, obrigatoriamente, terão planejamento, pois estarão ativas e ao alcance do conhecimento em sociedade. Além disso, serão estimuladas para o saber e terão uma maior exposição aos desafios, sendo que suas respostas, tanto positivas quanto negativas, serão amparadas, direcionadas e orientadas pelos educadores”, afirma.
A especialista explica que, apesar de ficar bem amparada com a avó, a criança fica isolada, parcialmente, do convívio sócio-cultural com outras da mesma idade. “Não há dúvidas de que o início da primeira infância (período entre 0 a 6 anos de idade) é primordial para suas realizações futuras. Além disso, crianças criadas pelas avós têm aprendizado limitado e tardio”, afirma.
Já com relação às babás, a neuropsicóloga não recomenda estas profissionais, por seguirem uma linha educacional centralizada na individualidade. Por ter esta mesma opinião é que o cirurgião-dentista Fabio Possato colocou sua filha, quando ainda tinha 4 meses, em uma creche. Ele disse que foi complicado no início, mas hoje tem certeza de que foi a melhor decisão.
“É sempre difícil deixar sua filha ainda muito pequena em uma creche. Mas minha esposa e eu pensamos no desenvolvimento dela. A vantagem da creche é que existem vários profissionais preparados cuidando da criança e trabalhando suas funções motoras. Não vejo vantagem em deixar minha filha em casa. Quanto mais cedo ela tiver contato com outras crianças melhor”, afirma o dentista, reforçando que a pequena Maria Clara já é bastante extrovertida e muito esperta.
Segundo Possato, ele chegou a pensar em deixar a filha com a avó, mas seu próprio passado o demoveu desta decisão. “Fui criado por meus avós e isso não foi bom para mim do ponto de vista comportamental. Eu era muito introvertido, o que me trouxe sérios problemas. E como são pessoas de mais idade, não são obrigados a carregar esse fardo”, acredita o dentista.

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